ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DAS INTERNAÇÕES POR SEPTICEMIA NO BRASIL DE 2008 A 2019
Mariana Carvalho
Carvalho, Mariana
William Nicoleti Turazza da Silva
Silva, William Nicoleti Turazza da
Maria Fernanda Prado Rosa
Rosa, Maria Fernanda Prado
Karen Eduarda de Souza Custódio
Custódio, Karen Eduarda de Souza
Giulia de Assis Queiroz
Queiroz, Giulia de Assis
Stefan Vilges de Oliveira
Oliveira, Stefan Vilges de
10/09/2020
273-288
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A septicemia, patologia caracterizada pela resposta inflamatória exacerbada do sistema imunológico frente a presença de certos microrganismos no corpo, apresenta-se como uma das doenças com maiores prevalência e incidência, caracterizando-se como problema de saúde pública importante. Visando aprimorar as linhas de cuidado acerca da sepse, o presente estudo objetiva estabelecer o perfil epidemiológico das internações por septcemia no Brasil. Os dados foram coletados segundo o CID para septcemia registrados nas cinco regiões do Brasil entre 1 de janeiro de 2008 e 31 de dezembro de 2019, nas bases de dados do Sistema de Informação de Morbidade Hospitalar do SUS e do Departamento de Informática do SUS. Como resultados, observou-se que os casos se apresentaram em crescente durante os anos. Há prevalência de internações e óbitos entre o sexo masculino, pacientes acima de 60 anos, com pico na faixa acima dos 80 anos, e com menos de 1 ano, e indivíduos autodeclarados brancos. Entretanto, a maior taxa de letalidade é encontrada entre a população autodeclarada preta. Em relação à média de permanência em leito, destacam-se os pacientes menores de 1 ano, sem prevalência de sexo; destaca-se as internações por urgência e predominam as notificações realizadas em serviço público de saúde, tanto em internações quanto em óbitos. Por fim, a região Sudeste se sobressai como a detentora do maior número de casos de internação e óbitos do Brasil durante todo o período analisado. Quando comparado a outros estudos, notou-se que os dados condizem com outras análises brasileiras e que a situação da septicemia no Brasil apresenta indicadores piores do que os encontrados para o mundo. Logo, estes dados podem ser utilizados para a melhoria da linha de cuidado referente à tal patologia. Destacamos as limitações desse levantamento, visto que o sistema de dados pode ser defasado por falhas nas notificações, reafirmando a necessidade da realização de mais estudos sobre o assunto que abrangem as especificidades da população brasileira.
Epidemiologia, Saúde Pública, Sepse
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