ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DAS INTERNAÇÕES POR SEPTICEMIA NO BRASIL DE 2008 A 2019

Code: 200700704
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Título

ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DAS INTERNAÇÕES POR SEPTICEMIA NO BRASIL DE 2008 A 2019

Autores(as):
  • Mariana Carvalho

    Carvalho, Mariana

  • William Nicoleti Turazza da Silva

    Silva, William Nicoleti Turazza da

  • Maria Fernanda Prado Rosa

    Rosa, Maria Fernanda Prado

  • Karen Eduarda de Souza Custódio

    Custódio, Karen Eduarda de Souza

  • Giulia de Assis Queiroz

    Queiroz, Giulia de Assis

  • Stefan Vilges de Oliveira

    Oliveira, Stefan Vilges de

DOI
10.37885/200700704
Publicado em

10/09/2020

Páginas

273-288

Capítulo

20

Resumo

A septicemia, patologia caracterizada pela resposta inflamatória exacerbada do sistema imunológico frente a presença de certos microrganismos no corpo, apresenta-se como uma das doenças com maiores prevalência e incidência, caracterizando-se como problema de saúde pública importante. Visando aprimorar as linhas de cuidado acerca da sepse, o presente estudo objetiva estabelecer o perfil epidemiológico das internações por septcemia no Brasil. Os dados foram coletados segundo o CID para septcemia registrados nas cinco regiões do Brasil entre 1 de janeiro de 2008 e 31 de dezembro de 2019, nas bases de dados do Sistema de Informação de Morbidade Hospitalar do SUS e do Departamento de Informática do SUS. Como resultados, observou-se que os casos se apresentaram em crescente durante os anos. Há prevalência de internações e óbitos entre o sexo masculino, pacientes acima de 60 anos, com pico na faixa acima dos 80 anos, e com menos de 1 ano, e indivíduos autodeclarados brancos. Entretanto, a maior taxa de letalidade é encontrada entre a população autodeclarada preta. Em relação à média de permanência em leito, destacam-se os pacientes menores de 1 ano, sem prevalência de sexo; destaca-se as internações por urgência e predominam as notificações realizadas em serviço público de saúde, tanto em internações quanto em óbitos. Por fim, a região Sudeste se sobressai como a detentora do maior número de casos de internação e óbitos do Brasil durante todo o período analisado. Quando comparado a outros estudos, notou-se que os dados condizem com outras análises brasileiras e que a situação da septicemia no Brasil apresenta indicadores piores do que os encontrados para o mundo. Logo, estes dados podem ser utilizados para a melhoria da linha de cuidado referente à tal patologia. Destacamos as limitações desse levantamento, visto que o sistema de dados pode ser defasado por falhas nas notificações, reafirmando a necessidade da realização de mais estudos sobre o assunto que abrangem as especificidades da população brasileira.

Palavras-chave

Epidemiologia, Saúde Pública, Sepse

Autor(a) Correspondente
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