ANÁLISE DO GÊNERO DRAMÁTICO, REGIÃO NORDESTINA E SUAS RESPECTIVAS CARACTERÍSTICAS: PERCEPÇÕES DE SUASSUNA NA OBRA O AUTO DA COMPADECIDA

Este trabalho apresenta uma análise da obra Auto da Compadecida, de Ariano Suassuna, evidenciando algumas características, como: personagens, espaço, tempo, enredo da obra, regionalismo nordestino, resquícios do coronelismo, herança da república velha brasileira, linguagem nordestina, e suas propriedades, especialmente as variações linguísticas e o gênero dramático dentro da literatura. Para tanto, aborda-se nesse estudo método bibliográfico para análise da obra, tendo para embasamento teórico, autores como: Wellek & Warren (1962), em que irão descrever sobre literatura, Pinto (2017), Galvão (2012), fazendo referências ao Nordeste e os olhares como uma região subdesenvolvida, Dimitrov (2011), Cunha (2003), Culler (1999), Galvão (2010), Suassuna (2005) e Alburqueque (2020) aprofundando na análise do ser social-histórico, Bakthin (2013) descreve sobre a pluridiscursividade, bem como Pimentel (2010), Magalhães (2014), entre outros, a fim de definir e analisar, bem como evidenciar um outro fator marcante na obra e presente na região nordestina: a religiosidade, trazendo consigo considerações pertinentes sobre o juízo final, retratando inclusive, críticas para com a sociedade da época e a Igreja Católica. Todas as análises categorizadas neste trabalho são de relevância para a compreensão do gênero dramático de Suassuna, bem como sua criticidade sobre as estigmatização existente para com o povo nordestino, alvo de preconceito linguístico, exclusão, marginalização social por ser considerada ‘’atrasada’’. Tais estereótipos errôneos persistem até hoje com um povo que tanto contribuiu ao Brasil e sua história.