ANÁLISE CRÍTICA DA TÉCNICA DE IMUNOFLUORESCÊNCIA DIRETA NO DIAGNÓSTICO LABORATORIAL DA RAIVA DO INSTITUTO PASTEUR DE SÃO PAULO, BRASIL
ANÁLISE CRÍTICA DA TÉCNICA DE IMUNOFLUORESCÊNCIA DIRETA NO DIAGNÓSTICO LABORATORIAL DA RAIVA DO INSTITUTO PASTEUR DE SÃO PAULO, BRASIL
Nathália De Barros Salvino Alves
Graciane Maria Medeiros Caporale
Juliana Galera Castilho
Rafael De Novaes Oliveira
Carla Isabel Macedo
Enio Mori
Samira Achkar
01/11/2022
381-396
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Embora a Organização Mundial da Saúde preconize a técnica de Imunofluorescência Direta (IFD) como padrão ouro para o diagnóstico laboratorial da raiva, fatores externos podem influenciar o limiar de detecção do antígeno viral, como a conservação da amostra, a estrutura laboratorial, os insumos utilizados e o treinamento dos profissionais. Objetivos: analisar criticamente a técnica de IFD no Laboratório de Diagnóstico da Raiva do Instituto Pasteur, a fim de detectar eventuais fatores externos que possam limitar ou diminuir sua acurácia, visto que o resultado laboratorial tem papel determinante na tomada de decisão quanto ao tratamento de indivíduos expostos ao risco de infecção pelo vírus da raiva. Métodos: foram analisados os dados referentes ao estado de conservação da amostra, bem como os resultados do diagnóstico de 7266 amostras de Sistema Nervoso Central (SNC) de animais suspeitos recebidas durante o ano de 2019. Foi realizada a avaliação prática dos procedimentos laboratoriais relacionados à IFD. Resultados e Conclusões: 96.8% das amostras recebidas para diagnóstico apresentavam condições adequadas de conservação. A fixação do tecido cerebral em acetona demonstrou equivalência sob ambas condições analisadas; à temperatura ambiente e a -20ºC. Os sistemas utilizados para diluição do conjugado apresentaram eficácia ficando evidente a viabilidade da substituição de suspensão de CVS produzido in vivo para in vitro. Resultados da IFD negativos apresentaram concordância de 99,9% com as demais técnicas aplicadas, o que demonstra confiabilidade nesta metodologia diagnóstica. A IFD de amostras de equinos e amostras em condições inadequadas de conservação apresentaram sensibilidade de 50% e 75%, respectivamente, reforçando a necessidade de metodologias moleculares complementares.
Ler mais...Raiva, Imunofluorescência Direta, Diagnóstico Laboratorial.
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