ALTERNATIVA SUSTENTÁVEL DE PRESERVATIVO PARA MADEIRAS DE RÁPIDO CRESCIMENTO

Boa parte das madeiras é naturalmente resistente à ação dos agentes xilófagos, entretanto, algumas madeiras de espécies de rápido crescimento, provenientes de floresta plantadas, não são resistentes e necessitam de tratamentos preservativos. Simultaneamente, o aumento da preocupação com as questões ambientais, com a saúde dos operadores de processos de tratamento preservativo e dos consumidores da madeira e, ainda, com o reaproveitamento destas madeiras tratadas após seu uso, tem gerado a necessidade de desenvolvimento de tratamentos preservativos menos agressivos à saúde humana e ao meio ambiente. Assim sendo, o direcionamento das pesquisas tem objetivado desenvolver produtos sustentáveis, ambientalmente corretos e eficazes contra o ataque dos agentes biodeterioradores. Dessa forma, uma alternativa viável que contém propriedades interessantes de inibição desses agentes é o Tall Oil, que é um óleo natural de fonte renovável, as coníferas resinosas, mais especificamente as espécies do gênero Pinus. O Tall Oil é um subproduto gerado industrialmente da produção da celulose kraft, que não é um composto de triglicerídeos puro, mas sim uma mistura de ácidos graxos, ácidos resinosos e insaponificáveis. Logo, o objetivo deste estudo foi caracterizar três condições de amostras de Tall Oil, em duas espécies para as madeiras de reflorestamento: Pinus sp. e Eucalyptus sp. As três condições de Tall Oil são: o Crude Tall Oil (CTO), que é um subproduto no processamento de polpa de coníferas resinosas para produção do papel Kraft e dois subprodutos do refino do CTO, o Destilado do Tall Oil (DTO) e o Óleo Ejetor (OE). Os resultados obtidos mostraram que a alta concentração do ácido oleico, a presença de insaponificáveis e a estabilidade quanto ao índice de acidez e ao índice de saponificação podem ser indicativos na melhor resistência à biodeterioração. A amostra que apresentou resultados mais satisfatórios para potencial uso como preservativo para madeira foi o Óleo Ejetor (OE), um subproduto do fracionamento do CTO.