AJUSTES DA PRESSÃO ARTERIAL SISTÓLICA E DIASTÓLICA DE MULHER HIPERTENSA E DIABÉTICA À DIFERENTES INTENSIDADES DO EXERCÍCIO RESISTIDO
Angélica Cristiane Da Cruz Britto
Britto, ACC
Robison José Quitério
Quitério, RJ
Pedro Henrique Rodrigues
Rodrigues, PH
Eduardo Federighi Baisi Chagas
Chagas, EFB
Cristiano Sales Silva
Silva, CS
Juliana Lôbo Froio
Froio, JL
01/11/2022
526-533
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Introdução: Abaixo do limiar de lactato (WASSERMAN et al, 1973), em indivíduos saudáveis, as respostas fisiológicas são estáveis, em virtude de os sistemas conseguirem atender a demanda energética, ou seja, existe um equilíbrio entre o consumo e oferta de oxigênio (BROOKS, 1991), entretanto, em intensidade acima do LA, observa-se aumento lento da FC em função do tempo devido à alta concentração de lactato. Esses ajustes estão bem estabelecidos durante o exercício aeróbio, porém carecem de evidências durante exercício resistido. Objetivo: Investigar os ajustes da PAS e PAD abaixo e acima do limiar de lactato durante o exercício resistido em uma mulher diabética e hipertensa. Material e método: foi estudada uma mulher de 55 anos, hipertensa e diabética, com medicação otimizada. A FC foi gravada durante o protocolo utilizando-se um sistema digital de telemetria validado previamente (LOIMAALA et al,1999; GAMELIN, BERTHOIN, BOSQUET, 2006), que consiste de um transmissor posicionado na altura do processo xifóide e um monitor / receptor (Polar RS800CX, Polar Electro Oy, Kempele, Finland). O limiar de anaerobiose (LA) foi determinado durante o exercício de extensão de joelho (mesa romana). A voluntária realizou 20 repetições durante um minuto com 10% da carga obtida no teste de 1RM e após a interrupção do teste foi coletado sangue no lóbulo da orelha para análise do lactato. Esse mesmo procedimento foi realizado em séries subsequentes com acréscimo de 10% em 10% da carga máxima até que se observou o valor correspondente fixo de lactato de 4 mmol.L, o qual foi considerado como sendo o limiar de lactato (DENADAI, 1995; HECK et al,1985). A FC e os iRR foram registrados continuamente durante 65s de repouso, durante a contração isotônica e 5 minutos de recuperação. A partir desses dados foram estudados os ajustes da pressão arterial sistólica e pressão arterial diastólica em repouso e durante o esforço. Resultados e discussão: Foram utilizadas para esse estudo as intensidades de 10%, 20% e 40%, cujos dados obtidos foram, respectivamente: PAS repouso = 128, 121 e 133. PAD repouso = 81, 76 e 92, FC repouso = 70,14, 68,91 e 67,09. PAS exercício = 146, 161 e 234. PAD exercício = 95, 109 e 158. FC exercício = 80,64, 84,57 e 90,74. Variação da PAS = 18, 40 e 101. Variação da PAD = 14, 33 e 66. Variação da FC = 11,82, 17,79 e 26,36. Os resultados obtidos no estudo estão de acordo com a literatura quando mostram um aumento considerável da FC, PAS e PAD. Conclusão: O aumento da PAD e PAS são desproporcionais a carga em intensidades acima do LA.
Pressão arterial, Lactato, Frequência cardíaca.
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