AGRONEGÓCIO E A FRUTICULTURA IRRIGADA NO VALE DO SÃO FRANCISCO: RISCOS E VULNERABILIDADES OCUPACIONAIS DA AGRICULTURA TRADICIONAL
Stefânia Evangelista dos Santos Barros
Barros, Stefânia Evangelista dos Santos
Patrícia Shirley Alves de Sousa
Sousa, Patrícia Shirley Alves de
Edvania Barbosa da Luz Martins
Martins, Edvania Barbosa da Luz
Hélia dos Santos Silva
Silva, Hélia dos Santos
Márcia Bento Moreira
Moreira, Márcia Bento
19/06/2023
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INTRODUÇÃO: O agronegócio, no Nordeste, teve seu marco com o início da agricultura capitalista no semiárido do Nordeste, remodelando o formato de produção, e o contexto de muitas regiões, especialmente no setor econômico-social, passando a ser comandadas por grandes empresas rurais. Contudo, a implantação da tecnologia pelo sistema de produção, acarretou a adição de fertilizantes e agrotóxicos pela indústria química. Os agroquímicos expandiram intensamente, gerando riscos à saúde no manuseio e consumo de produtos com agrotóxicos. OBJETIVO: Abordar conceitualmente a organização do agronegócio no Brasil, Nordeste e Vale do São Francisco, tendo sua aplicação na fruticultura irrigada e por fim seu impacto ao meio ambiente e a saúde das pessoas expostas. METODOLOGIA: Como processo metodológico do trabalho, foi feito uma revisão de literatura sobre os temas. RESULTADOS e DISCUSSÃO: No Brasil, Nordeste e Vale do São Francisco, o agronegócio se destaca pela difusão da agroindústria, tendo aplicação na agricultura de capital financeiro, assim como alterações no modo de produção, exploração dos recursos naturais e força de trabalho. No Vale do São Francisco possui maior representatividade na região da produção de frutas in-natura ao mercado internacional, com destaque ao polo de Petrolina e Juazeiro no bloco de produção de manga e uva. Em relação exposição ocupacional e os impactos na saúde dos agricultores foram relatados ocorrência de sintomas de mal-estar no trabalho; foram mencionados : dor de cabeça, sufocamento, falta de ar, tontura, vômito, náusea, mal-estar, fraqueza, olhos vermelhos, dores musculares, coceira, irritação e feridas na pele; dentre outras doenças de caráter crônico decorrentes da intoxicação porá agrotóxicos . CONCLUSÃO: Dentre as vulnerabilidades, percebeu-se que o baixo grau de escolaridade é evidente e se torna um desafio no que se refere à compreensão da rotulagem dos agrotóxicos e sua implicação toxicológica e ambiental. Além disso, os agrotóxicos usados nesta região representam alto teor de contaminação, tanto para o ambiente como para a saúde humana porque, em sua maioria, os agricultores não utilizam os equipamentos de proteção individual (EPIs) ou o utilizam incompletos, o que caracteriza um grave risco de intoxicação. Logo se avolumam tais vulnerabilidades que propiciam a contaminação, quanto o adoecimento deste agricultor.
Agricultura, Agronegócio, Agrotóxico, Risco Ocupacional, Saúde do Trabalhador.
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