ADESÃO DE ADOLESCENTES À SAÚDE BUCAL: A PRÁTICA DAS TECNOLOGIAS LEVES NA SAÚDE DA FAMÍLIA

Objetivo: Compreender consensos e contradições dos profissionais de Equipes de Saúde da Família (eSF) sobre a prática de tecnologias leves como estratégia para aumentar adesão ao cuidado em saúde bucal dos adolescentes atendidos nas unidades de saúde, bem como explorar as justificativas dos adolescentes em não aderirem a esses cuidados. Métodos: Realizou-se uma pesquisa qualitativa através do método de grupo focal. O estudo abordou 6 grupos focais com 8 - 12 profissionais da ESF e as transcrições foram revistas por meio da análise de conteúdo. Resultados: Na análise das falas emergiram quatro categorias centrais em relação ao "vínculo/acolhimento focado na prática do profissional” e “vínculo/acolhimento focado no interesse/desejo do paciente”. Especificamente sobre a não adesão dos adolescentes no tratamento foram extraídas as categorias: “Concepção da equipe sobre o que é ser adolescente” e “Contexto social na adesão do adolescente ao tratamento”. Considerações finais: Percebeu-se que, ainda que sejam utilizadas tecnologias leves no cotidiano das unidades, existe uma dificuldade no atendimento dos adolescentes pelos profissionais de saúde que atuam na eSF, na comunicação e reconhecimento de suas individualidades prejudicando a criação de vínculo e a adesão dos mesmos aos cuidados em saúde bucal.