ABSORÇÃO DE ÁGUA E INCHAMENTO EM COMPENSADOS COLADOS COM ADESIVO NATURAL POLIURETANO À BASE DE MAMONA

O painel compensado possui usos consagrados na construção civil e indústria moveleira, além de usos específicos como, por exemplo, componentes de carrocerias de caminhões, onde está exposto com grande frequência à presença de água. Este trabalho, parte de um estudo mais amplo que possui o intuito de desenvolver painéis compensados de durabilidade prolongada quando expostos a condições adversas, compara o uso do tradicional adesivo fenólico, com o alternativo adesivo poliuretano à base de óleo de mamona, que além de hidrorrepelente, é biodegradável, não-tóxico e proveniente de fonte natural renovável. Os dois tipos de painéis foram produzidos com madeira de Pinus taeda em dimensões comerciais (1220mm × 2440mm), com utilização de 360 g.m-2 de cola em linha dupla. Os painéis colados com a resina fenólica foram pré-prensados a frio e, posteriormente, prensados a quente por 20 minutos (pressão de 1,2 MPa e temperatura de 130°C) e os painéis produzidos com resina poliuretana foram prensados diretamente por 30 minutos (pressão de 1,2 MPa e temperatura de 65°C ). A densidade foi 486kg.m-³ e 490kg.m-³ para painéis colados com resinas fenólica e poliuretana, respectivamente. A absorção de água evidenciou diferença estatística de comportamento nos dois tipos de painéis (p<0,01) sendo de 56% para painéis com resina fenólica e 42% para painéis com resina poliuretana. Para o inchamento em espessura também foi detectada diferença estatística de comportamento: painéis prensados com resina poliuretana incharam 3,69% e tiveram inchamento mais recuperação em espessura de 6,16%; para painéis prensados com a resina fenólica estes valores foram de 6,11% e 9,69%, respectivamente. Os resultados diferenciados nas propriedades estudadas só pode ser atribuído ao efeito hidrorrepelente do adesivo poliuretano.