ABSCESSO DENTO-ALVEOLAR E SUA REPERCUSSÃO NA TÁBUA ÓSSEA VESTIBULAR: RELATO DE CASO
Milena Belli Bochnia
Bochnia, Milena Belli
Carolina Vargas Bognholi
Bognholi, Carolina Vargas
Felipe Mussinato
Mussinato, Felipe
Jean Rafael Da Silva
Silva, Jean Rafael da
João Gabriel Batista
Batista, João Gabriel
Dayane Kelly Sabec-pereira
Sabec-Pereira, Dayane Kelly
Kleber Fernando Pereira
Pereira, Kleber Fernando
30/07/2023
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VARIAÇÕES ANATÔMICAS: O AVANÇO DA CIÊNCIA NO BRASIL - VOLUME 2
A análise precisa da tábua óssea vestibular é imprescindível para o entendimento das doenças que acometem a mandíbula, como o abscesso de procedência dentária, que se trata de um processo com início a partir de uma infecção cariosa, seguida de contaminação e finalização com a necrose pulpar. Nesse ínterim, o presente trabalho teve o objetivo de analisar a anatomia da tábua óssea vestibular de uma mandíbula cadavérica e descrever a presença de abscesso dento-alveolar. Para tal finalidade, com a aplicação da osteotécnica, foram preparadas e examinadas 18 ossadas de cadáveres doados do cemitério municipal de Cascavel - PR. Entre os crânios secos analisados, um do sexo masculino apresentou tal alteração, logo abaixo do primeiro molar direito, de modo que foi mensurado o diâmetro do forame causado pelo abscesso, que correspondia a 3,5mm na posição horizontal e 3cm na vertical. Além disso, a distância em diagonal da cabeça da mandíbula até a protuberância mentual foi de 12,7 cm e a distância horizontal do ângulo da mandíbula até a protuberância mentual correspondeu a 8,9 cm. A título de comparação, os forames mentuais direito e esquerdo apresentaram, respectivamente, os diâmetros de 3,5 mm e 6 mm na horizontal e 2,5 cm e 4 mm na vertical. Sabe-se que os sintomas mais comuns dessa enfermidade incluem dor persistente na região afetada, inchaço, febre e sensibilidade à palpação dos linfonodos da região do pescoço e da região submandibular. Essa infecção pode ser relacionada a patologias que afetam o suprimento sanguíneo do osso em análise, por exemplo, a diabetes e a hipertensão, além de estar associada, de forma significativa, ao surgimento de tumores malignos na região oral. Dessa forma, o tratamento do abscesso de tábua óssea vestibular é fundamental, sendo realizado com a ministração de antibióticos aliados a fármacos com a finalidade de mitigar os sintomas associados à infecção. No entanto, em estágios mais avançados, em que há necrose pulpar, a intervenção cirúrgica faz-se necessária.
Abscesso, mandíbula, osteologia, tábua óssea vestibular.
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