A UTILIZAÇÃO DO SÊMEN SUÍNO NA PREVENÇÃO DA VEICULAÇÃO DE VIROSES DE ALTO POTENCIAL DE CONTAMINAÇÃO POR MEIO DO EJACULADO: UMA REVISÃO

A veiculação de agentes patogênicos por meio do ejaculado suíno pode ocorrer através de uma infecção sistêmica ou do sistema reprodutivo, bem como do contato do ejaculado com secreções do prepúcio, contato indireto com aerossóis e fômites. Portanto, rebanhos destinados ao melhoramento genético devem possuir o mínimo de doenças, caso contrário, todo esforço para ganho genético ficará prejudicado. Todos os vírus podem, potencialmente, ser transmitidos pelo ejaculado, especialmente na fase de viremia da infecção. Alguns dos exemplos de contaminantes virais que podem ser transmitidos pelo sêmen são: vírus da peste suína clássica, peste suína africana, parvovírus, doença de Aujeszky, síndrome reprodutiva e respiratória suína (SRRS) e o circovírus. Dentre os vírus transmitidos pelo sêmen que são de notificação obrigatória pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), destacam-se o vírus da síndrome reprodutiva e respiratória dos suínos, peste suína clássica, peste suína africana, doença de Aujeszky, febre aftosa, Circovírus Suíno Tipo 2 (PCV2), Parvovírus Suíno (PPV), dentre outros. Sendo que, a maioria das granjas de reprodutores suínos do Brasil possui uma situação sanitária muito boa no que se refere às doenças primárias, visto a adoção cada vez maior de estratégias de aquisição de doses de sêmen comerciais que possuem grande responsabilidade quanto à segurança sanitária das granjas que irão receber o sêmen.