A OCUPAÇÃO FEMININA NO SETOR DE SERVIÇOS: MUDANÇA OU CONTINUIDADE?

Code: 220308149
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Título

A OCUPAÇÃO FEMININA NO SETOR DE SERVIÇOS: MUDANÇA OU CONTINUIDADE?

Autores(as):
  • Bruna Angela Branchi

    BRANCHI, B. A.

  • Nelly Maria Sansigolo de Figueiredo

    FIGUEIREDO, N. M. S.

DOI
10.37885/220308149
Publicado em

01/05/2022

Páginas

2160-2178

Capítulo

167

Publicado no livro

OPEN SCIENCE RESEARCH III

Resumo

Objetivo desse estudo é qualificar a participação feminina no mercado de trabalho brasileiro para verificar se houve avanços em termos de igualdade de gênero. O estudo está circunscrito ao setor de serviços dada a importância na ocupação total, e feminina em particular, na primeira década de 2000. Para isso, são estudadas as pessoas ocupadas, agrupadas em quatro segmentos relativamente homogêneos do setor de serviços, quais: serviços produtivos, serviços distributivos, serviços sociais e serviços pessoais. As amostras provêm dos Censos Demográficos de 2000 e 2010. O trabalho inclui uma análise do perfil dos ocupados no setor de serviços, segundo o sexo, e o cálculo de indicadores de segregação e de discriminação nesse setor. Para estudar a segregação foram utilizados o índice de dissimilaridade Duncan e o índice de Karmel e MacLachlan. A discriminação foi mensurada com a aplicação do método de Oaxaca-Blinder. Os resultados mostram que o perfil da mulher ocupada no setor de serviços evoluiu positivamente entre 2000 e 2010, notadamente quanto à escolaridade e qualificação. No entanto, sua ocupação não reflete tal evolução, com uma participação limitada nos segmentos de serviços produtivos e serviços distributivos, que continuam como reduto dos homens – justamente aqueles onde prevalecem os salários mais altos. Os resultados para os índices de segregação mostram que a segregação ocupacional aumentou nos segmentos de serviços produtivos e pessoais, diminuiu nos serviços sociais e nos serviços distributivos não houve uma alteração clara. A discriminação, estudada com o apoio do modelo de Oaxaca Blinder, aumentou ao longo da primeira década de 2000, passando de 58,9% para 93,3%. Isso significa que, mesmo progredindo na acumulação de capital humano e avançando, ainda que lentamente, nas posições mais elevadas na hierarquia empresarial, as mulheres ocupadas no setor de serviços brasileiros tiveram que enfrentar uma crescente discriminação.

Palavras-chave

Desigualdade, Mercado de trabalho, Gênero, segregação, Discriminação, Setor de serviços.

Autor(a) Correspondente
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