A MUSICALIDADE DA VOZ E O IMAGINÁRIO NO ESPETÁCULO TEATRAL DE JANELAS E LUAS

Este artigo apresenta reflexões acerca da musicalidade da voz humana; a presença dessa musicalidade no espetáculo teatral De Janelas e Luas e sua relação com o despertar de sensações e imagens no público; bem como uma breve análise da criação do espetáculo, e do imaginário contido no texto construído para a encenação. Com base nos conceitos de Poesia Oral de Paul Zumthor (2010), de Vocalidade Poética de Sara Lopes (1997) e de Melopeia de Marlene Fortuna (2000), a atriz/pesquisadora encontra uma voz que explora todas as suas potencialidades e se aproxima do canto. É também uma voz que dança junto com o corpo e que revela mais do que descreve, aguçando a imaginação e provocando sensações/emoções no espectador. A direção do espetáculo De Janelas e Luas é da Profa. Ms. Eleonora Montenegro. O espetáculo é poético e lúdico, utilizando-se da contação de histórias e do imaginário para falar de amores, dores, transformação e renascimento. As histórias estão cheias de mitos, metáforas e arquétipos, construídas para ser alimento e alento para a alma. Por isso, as ideias do psicólogo Carl Jung também são importantes referências para este trabalho.