A INSERÇÃO DE PESSOAS COM SÍNDROME DE DOWN NO NÍVEL SUPERIOR: UM ESTUDO DE CASO
Raissa Braga De Menezes
Menezes, Raissa Braga de
Francisco Naildo Cardoso Leitão
Leitão, Francisco Naildo Cardoso
Rejane Rosas Barbary De Deus
de Deus, Rejane Rosas Barbary
Maura Bianca Barbary De Deus
de Deus, Maura Bianca Barbary
Fabiano Santana De Oliveira
Oliveira, Fabiano Santana de
Carlos Roberto Teixeira Ferreira
Ferreira, Carlos Roberto Teixeira
Marcos Cordeiro Araripe
Araripe, Marcos Cordeiro
Júlio Eduardo Gomes Pereira
Pereira, Júlio Eduardo Gomes
Italla Maria Pinheiro Bezerra
Bezerra, Italla Maria Pinheiro
Mauro José De Deus Morais
Morais, Mauro José de Deus
29/12/2022
1180-1193
78
Introdução: O nível superior sempre foi um tabu para as pessoas com deficiência intelectual (DI), em especial as pessoas com Síndrome de Down (SD). Tratados até a década de 90 como “Mongolóides”, termo que foi caindo em desuso graças a políticas intensificadas pela comunidade formada por pais, familiares, amigos das pessoas com Síndrome de Down e representantes da área da saúde, onde suas políticas baseavam-se em informações e inserção dessas pessoas com SD dentro dos ambientes considerados comuns dentro da sociedade. Objetivo: Identificar os motivos que levaram a estudante com Síndrome de Down a escolher o Curso de Licenciatura em Educação Física na Universidade Federal do Acre. Método: este estudo caracteriza-se por ser um trabalho transversal e descritivo. Foi realizado um relato de experiência documental através de um questionário adaptado com uma linguagem coloquial contendo oito questões para a discente protagonista deste estudo. Esse questionário conteve perguntas abertas que variam de questionamentos sobre as aulas de educação física na educação básica até seu preparatório e decisão de ingresso no nível superior. As respostas foram respondidas com o auxilia dos pais e transcritas em tempo real pelo pesquisador. Resultados: Segundo o Censo da Educação Superior, de 2009 à 2016 (MEC/INEP, 2016), que busca sanar os desafios da Educação Superior seguindo o Plano Nacional de Educação – PNE (LEI 13.005/2014), mostra que o quantitativos de pessoas com deficiências avançou de um percentual de 0,34% para 0,47% de matrículas de universitários com deficiência, como pessoa com Síndrome de Down. Nossos resultados mostraram que vários fatores influenciaram para o ingresso no ensino superior, como por exemplo: a influência de pessoas; o estímulo; vocação docente; influência significativa da prática de esporte nas idades anteriores. Tudo isto acarretaram a escolha do curso de Licenciatura em Educação Física. Conclusão: A natação foi a modalidade que mais influenciou para uma vida de atleta, com participação de eventos de nível municipal, estadual e nacional, além de participação na escolinha de natação, na qual havia treinos. Isso implica em dizer que neste caso específico, a prática esportiva precoce estimulou e motivou a encarar o desafio de realizar um curso de nível superior. O que nos leva a dizer que pessoas com SD, como também outras pessoas com DI devem ser estimuladas de forma precoce a participar e desenvolver atividades das mais variadas áreas, pois isso os leva a ter esperança e capacidade de tentar realizar um estudo a nível superior.
Síndrome de Down, Esporte, Ensino superior.
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