A EDUCAÇÃO PERMANENTE NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE: UM ESTUDO QUALITATIVO
A EDUCAÇÃO PERMANENTE NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE: UM ESTUDO QUALITATIVO
Caroline Terrazas
01/04/2021
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Introdução: O estudo teve como objetivo analisar as ações de Educação Permanente em Saúde (EPS) desenvolvidas aos profissionais da Estratégia Saúde da Família (ESF) pelas Organizações Sociais em Saúde (OSS), em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo (SMS). Desenvolvimento: Foram feitas, no total, 14 entrevistas semiestruturadas – 13 com profissionais contratados por OSS e uma com profissional da Secretaria Municipal de Saúde responsável pela EPS da Atenção Básica. A interpretação dos dados se deu pela análise do conteúdo de acordo com Bardin, e a observação dos resultados se deu pela intersecção entre os autores da educação e da saúde. Por isso, Freire, Schön, Paim, Ceccim, os manuais do Ministério da Saúde e a Política Nacional de Educação Permanente em Saúde (PNEPS) são os referenciais teóricos que norteiam esse estudo. Considerações Finais: O estudo mostrou que as ações de EPS desenvolvidas são, na realidade, práticas de Educação Continuada e Educação em Serviço, cujas propostas metodológicas são de caráter passivo e tradicional, sem a participação do trabalhador. Os cursos são aulas técnicas contidas no Planejamento Municipal de EPS por categorias profissionais, e não são abordados temas relevantes de acordo com a necessidade dos profissionais. Há um descompasso entre os princípios do SUS e os contratos de gestão pactuados entre OSS e SMS-SP. Por isso, a EPS é uma prática distante da proposta da PNEPS.
Ler mais...Atenção Primária à Saúde, Saúde Coletiva, Educação Permanente em Saúde, Estratégia Saúde da Família
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