A ASSISTÊNCIA ODONTOLÓGICA OFERTADA NAS UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE FOI AFETADA PELA PANDEMIA DA COVID-19? UMA ANÁLISE ECOLÓGICA

Objetivo: Avaliar, em nível nacional e regional, as características da produção do cuidado odontológico no âmbito da APS, durante o período pré e trans COVID-19. Método: Tratou-se de um estudo ecológico, comparativo-descritivo, no qual foram estabelecidos dois Intervalos de Tempo (IT): IT-1 (Março de 2019 a Fevereiro de 2020) e IT-2 (Março de 2020 a Fevereiro de 2021). As informações foram coletadas no período de Novembro de 2020 a Junho de 2021, através de bancos de dados secundários de livre acesso, dentre eles: o Sistema de Informação em Saúde para a Atenção Básica, os Painéis de Indicadores da Atenção Primária, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística e o Localiza SUS. Os dados foram tabulados e analisados utilizando-se o software Microsoft Excel 365, sendo apresentados por meio de estatística descritiva. Resultados: Foram realizados, no Brasil, em ambos os IT, 26.929.670 atendimentos odontológicos. No entanto, 76,2% estiveram concentrados no momento que antecedeu o processo pandêmico. Na vigência da pandemia, verificou-se uma redução na oferta do serviço e uma mudança em seu perfil, dado o incremento no quantitativo de consultas de urgência. Em relação aos agravos sob vigilância, as notificações referentes à dor de dente tiveram destaque tanto ao nível de Brasil como de macrorregiões brasileiras. Diminuição no quantitativo de procedimentos odontológicos, bem como no número de tratamentos concluídos foram achados comuns. Conclusão: A pandemia da COVID-19 descaracterizou a dinâmica da produção do cuidado odontológico, desde o nível nacional até o regional, impactando consideravelmente a oferta dos serviços à população brasileira.