RIOS DE MEMÓRIA VERDE: UMA JORNADA PELA HISTÓRIA AMBIENTAL DO BRASIL

A História Ambiental Brasileira é abordada por meio de um estudo que se destaca pela imersão no panorama das obras que exploram as intricadas relações entre sociedade e meio ambiente ao longo da história do Brasil. A metodologia adotada inclui uma abordagem interdisciplinar, explorando contribuições de historiadores, ecologistas, geógrafos e outros pesquisadores comprometidos em desvendar os fios que conectam a trajetória histórica do Brasil às transformações em sua natureza. O estudo destaca obras fundamentais, como “Um Sopro de Destruição” de José Augusto Pádua, que analisa a interação entre política, escravidão e meio ambiente no século XIX, revelando uma visão utilitarista da natureza pela elite escravocrata. Warren Dean, em “A Luta pela Borracha no Brasil” e “A Ferro e Fogo,” oferece perspectivas únicas sobre a exploração econômica na Amazônia e a devastação da Mata Atlântica, desafiando visões utilitárias e destacando a natureza como sujeito ativo na história. Outras obras, como “Devastação e Preservação Ambiental,” coordenada por José Augusto Drummond, abordam a interação entre desenvolvimento humano e preservação ambiental nos Parques Nacionais do Estado do Rio de Janeiro. Victor Leonardi contribui com “Entre Árvores e Esquecimentos” e “Os historiadores e os rios,” explorando os sertões e a Amazônia, revelando dinâmicas sociais, econômicas e culturais muitas vezes negligenciadas. No contexto da eco-história, a compreensão da natureza como participante ativo nas narrativas históricas desafia a visão unidirecional entre sociedade e meio ambiente. Essas obras enriquecem a compreensão da história ambiental brasileira, destacando a importância de uma abordagem dinâmica e interativa na análise das complexas relações entre sociedade e ambiente.