O termo agroecologia existe desde 1930, porém, sua acuidade científica foi abalizada a partir dos últimos quarenta anos, com o aprofundamento da reflexão teórica sobre o manejo dos agroecossistemas e das críticas ao modelo de desenvolvimento agrícola. Ressalta-se aqui que a agroecologia não é um novo modelo de agricultura, nem também um novo modelo de tecnologia, e muito menos um sistema de produção, mas sim, um enfoque científico, que defende a agricultura de base ecológica sendo capaz de dar suporte a uma transição com estilo de agricultura sustentável. Neste aspecto, a agroecologia como uma área de estudos que tenciona o manuseio ecológico da natureza, por meio de uma ação social coletiva de caráter participativo, com enfoque holístico com base numa estratégia sistêmica, visa recambiar o curso desequilibrado de ordem socioecológica que as forças produtivas degradantes propiciam a natureza e a sociedade. Com base nisto, esta obra tem sua gênese a partir de um processo colaborativo entre pesquisadores, docentes e discentes, essencialmente de graduação e pós-graduação, que se destacaram e qualificaram as discussões neste espaço formativo. Deriva, também, de movimentos interinstitucionais e de ações de incentivo à pesquisa e à extensão que congregam pesquisadores das mais diversas áreas do conhecimento e de diferentes Instituições de Educação Superior públicas e privadas de abrangência nacional e internacional. O objetivo desta obra é integrar ações interinstitucionais nacionais e internacionais com redes de pesquisa que tenham a finalidade de fomentar a formação continuada de agroecólogos, ambientalistas, agricultores, entre outros, por meio da produção e socialização de conhecimentos, saberes e múltiplas vivências e experiências, sendo possível orientar estratégias de desenvolvimento rural mais sustentável e de transição para estilos de agriculturas mais sustentáveis, como contribuição para a vida das atuais e das futuras gerações neste planeta de recursos limitados e em profundo desequilíbrio ecológico.