PRODUTOS FLORESTAIS NÃO MADEIREIROS: TECNOLOGIA, MERCADO, PESQUISAS E ATUALIDADES

Code: 87-108
Downloads
476
Views
1382
Compartilhe
Título

PRODUTOS FLORESTAIS NÃO MADEIREIROS: TECNOLOGIA, MERCADO, PESQUISAS E ATUALIDADES

ISBN

978-65-89826-39-2

DOI
  • DOI
  • 10.37885/978-65-89826-39-2
    Publicado em

    01/07/2021

    Páginas Capítulos Volume Edição

    407

    22

    1

    1

    Organizador(a):
    • WESCLEY VIANA EVANGELISTA

      WESCLEY VIANA EVANGELISTA

    Apresentação

    Esta obra constitui-se de uma coletânea de trabalhos científicos desenvolvidos por pesquisadores de Universidades, Institutos e Centros de Pesquisa, com a temática sobre Produtos Florestais Não Madeireiros (PFNM) produzidos no Brasil. A partir deste livro procurou-se mostrar tecnologias de produção, mercados produtores e consumidores, pesquisas desenvolvidas e atualidades sobre alguns desses importantes produtos. O Brasil é rico em biodiversidade florestal, sendo constituído de seis biomas, sendo cada um destes possuidores de espécies produtoras comerciais de madeiras e de PFNM, seja de origem extrativista e, ou plantada. Muitas espécies já apresentam usos consolidados de seus produtos, embora também possa existir usos potenciais e até mesmo desconhecidos, em especial como novas matérias-primas para as indústrias farmacêutica e química. No País existe a produção de inúmeros PFNM, que podem ser consumidos diretamente pelo Homem, a exemplo dos produtos alimentícios (ex.: frutos e sementes de algumas espécies), ou serem industrializados e servirem como matéria-prima para fabricação de outros produtos, como químicos, fármacos, cosméticos etc. Os PFNM, após colhidos, são produzidos desde formas artesanais a industriais e contribuem com a geração de renda para povos e comunidades tradicionais, cooperativas e indústrias. Especificamente para as comunidades tradicionais, os PFNM também proporcionam a geração de empregos e melhorias na distribuição de renda, de forma a favorecer seu desenvolvimento econômico e social. Os PFNM têm também dado sua contribuição com o setor florestal brasileiro. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/periodicos/74/pevs_2019_v34_informativo.pdf), no ano de 2019, a soma do valor da produção dos PFNM registrou crescimento de 2,3% em relação ao ano de 2018, totalizando uma renda de R$ 1,6 bilhão. Neste período, os PFNM obtidos de forma extrativista, que mais geraram renda para o setor florestal brasileiro, foram os frutos de açaí, a erva mate, o pó de carnaúba, a castanha-do-pará, as amêndoas de babaçu, as sementes de pinhão e os frutos do pequi. Ainda neste período, o PFNM obtido de plantios florestais que mais gerou renda para o setor foi a resina de pinus. Além disso, no ano de 2019 registrou-se que 4.867 municípios brasileiros tiveram alguma produção florestal de PFNM e, ou de produtos madeireiros. Com isso, observa-se a importância e as potencialidades dos produtos florestais brasileiros, seja da madeira, mas também de PFNM, mesmo para aqueles que ainda não tenham sua silvicultura e manejo totalmente estabelecidos, sendo ainda obtidos de forma extrativista. No Brasil, os PFNM correspondem a uma inúmera classe de produtos, dos quais se pode obter diversos bens, serviços, produtos diretos e principalmente matérias-primas para produção de outros produtos. Há casos, inclusive, da possibilidade de obtenção de multiprodutos ou do uso múltiplo de uma só espécie botânica. Ainda conforme o IBGE, os PFNM podem ser agrupados em borrachas; gomas não elásticas; ceras; fibras; tanantes; oleaginosos; alimentícios; aromáticos, medicinais, tóxicos e corantes; e não madeireiros da produção da silvicultura. Devido a essa variabilidade, os PFNM brasileiros também correspondem uma classe desafiante de produtos naturais, devido ao grande número de produtos de importância comercial somado aqueles que ainda não são totalmente conhecidos; aliado a versatilidade de usos que um PFNM pode ter; a diferença de qualidade de produção de um mesmo produto para diferentes produtores etc. Com isso, para cada PFNM seria ideal o conhecimento da distribuição natural da espécie produtora; a possibilidade de cultivo da espécie em regiões diferentes daquelas de origem natural, bem como o seu rendimento de produção; a variação genética entre indivíduos, de forma a se obter aqueles mais produtivos; suas formas de propagação vegetativa; suas formas de cultivo, domesticação e usos múltiplos da espécie; a identificação de mercado potenciais próximos ou mais distantes; seu valor comercial; a possibilidade de obtenção de multiprodutos de um só PFNM; a regularidade de produção e fornecimento; sua forma correta de higienização e qualidade dos produtos produzidos após embalados; sua perecibilidade; bem como o volume demandado versus o volume ofertado pelos mercados. Associado a tudo isso, deve-se também sempre proporcionar apoio aos povos e comunidades tradicionais que fazem o extrativismo de PFNM, para haver a devida organização das comunidades para coleta, extração desses produtos com impacto ambiental mínimo e diminuição ou eliminação de intermediários na sua comercialização até o mercado consumidor. A melhor forma para conhecer os PFNM, bem como a solução para os problemas elencados, é através das pesquisas científicas. Estas pesquisas auxiliam na obtenção de respostas a problemas reais e concretos do setor florestal de PFNM. Por isso é importante o incentivo, o financiamento e a realização das pesquisas científicas, seja ao nível de Graduação ou Pós-Graduação, para que os PFNM do Brasil sejam mais bem conhecidos, valorados e utilizados comercialmente. Essa Obra reúne trabalhos desenvolvidos por Pesquisadores de diversas Universidades, Institutos e Centros de Pesquisa sobre os PFNM produzidos no Brasil, de forma a contribuir com a literatura e com o setor florestal, possibilitando que estes produtos sejam ainda mais conhecidos técnica e cientificamente. Agradeço a todos os Autores que contribuíram para que essa obra pudesse ser concretizada. Desejo que os trabalhos aqui publicados sejam fonte de dados, informações e de conhecimento para estudantes, professores, profissionais e demais interessados no assunto, bem como material de suporte e referencial bibliográfico para pesquisas científicas futuras. A todos os Autores, meus sinceros agradecimentos, votos de muitas conquistas profissionais e que continuem publicando ainda mais trabalhos científicos sobre PFNM. A todos os leitores, desejo uma ótima leitura!

    Ler mais...
    Licença

    Esta obra está licenciada com uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.

    Licença Creative Commons

    O conteúdo dos capítulos e seus dados e sua forma, correção e confiabilidade, são de responsabilidade exclusiva do(s) autor(es). É permitido o download e compartilhamento desde que pela origem e no formato Acesso Livre (Open Access), com os créditos e citação atribuídos ao(s) respectivo(s) autor(es). Não é permitido: alteração de nenhuma forma, catalogação em plataformas de acesso restrito e utilização para fins comerciais. O(s) autor(es) mantêm os direitos autorais do texto.

    22 Capítulos

    Capítulo 1
    Capítulo 3
    Capítulo 4
    Capítulo 5
    Capítulo 6
    Capítulo 7
    Capítulo 8
    Capítulo 9
    Capítulo 10
    Capítulo 11
    Capítulo 12
    Capítulo 13
    Capítulo 14
    Capítulo 15
    Capítulo 16
    Capítulo 17
    Capítulo 18
    Capítulo 19
    Capítulo 20
    Capítulo 21
    Capítulo 22

    USO DO CARVÃO DE CAROÇO DE AÇAÍ (EUTERPE OLERACEAE MART.) ATIVADO QUIMICAMENTE COMO MEIO FILTRANTE DE ÁGUA

    Sally Deborah Pereira da Silva, Lucimar Costa Pereira, João Rodrigo Coimbra Nobre, Vitor Lérison Miranda Melo, Elenice Broetto Weiler, Roberta Aparecida Fantinel, Fernanda Dias dos Santos, Luana Bianca Oliveira da Silva, Juliana Marchesan, Táscilla Magalhães Loiola, Luciane Marchesan, Samyr Diego Pereira da Silva, Kassya Melissa Oliveira de Souza
  • DOI
  • Este site utiliza cookies. Usamos cookies para personalizar conteúdo e anúncios, fornecer recursos de mídia social e analisar nosso tráfego. Ao continuar você concorda com a nossa política de utilização de cookies.

    Continuar